Prática 1
Os anéis concêntricos da perceção
O objetivo da atividade é introduzir a arte da escuta profunda e do olhar profundo, de preferência ao ar livre. Trata-se de uma prática para expandir a nossa capacidade de ouvir e olhar atentamente à nossa volta em 360 graus e a uma grande distância. A prática abrange vários sentidos e aborda a necessidade de as pessoas em circunstâncias de saúde difíceis compreenderem que podemos melhorar a nossa noção de espaço e melhorar a nossa mobilidade, sem a necessidade de nos deslocarmos fisicamente. A prática está organizada em 3 anéis concêntricos imaginários, desde a perceção do nosso próprio corpo até aos horizontes visuais e sonoros. Inspirados pela forma como as corujas e os morcegos mapeiam o espaço com sons, os participantes aprendem a mapear uma paisagem muito detalhada e diversificada que podem navegar com a sua imaginação com grande precisão.
Encontrar um local interessante para se sentar num espaço aberto onde se possa ver ao longe e ouvir claramente um grande número de sons. Desenhe 3 anéis concêntricos numa folha de papel e mapeie os sons que está a ouvir à sua volta durante 15 minutos. Se quiser, pode desenhar o movimento dos sons no espaço. Pode também marcar os sons possíveis, aqueles que não consegue ouvir mas que pode adivinhar com a sua visão. Descubra o seu horizonte visual e sonoro nos limites do terceiro círculo maior. Observe como os animais se deslocam no espaço à sua volta: afastaram-se ou aproximaram-se?
Practice 2
Body and ears, the foxes and the owls
O objetivo da atividade é desenvolver a consciência do outro e do nosso próprio corpo e sentidos. Pretende-se celebrar a inteligência das raposas e das corujas como fonte de inspiração para aprender com a natureza e melhorar a comunicação entre as pessoas. A prática abrange vários sentidos e o corpo em movimento, abordando a necessidade de as pessoas em circunstâncias de saúde difíceis ultrapassarem as limitações da comunicação humana básica.
Estamos a tornar-nos animais na nossa imaginação para compreender a criatividade da Natureza e tomar consciência de que fazemos parte dela. É uma demonstração da diferença entre os nossos corpos e sentidos, não como uma barreira, mas como a mesma força de diversidade e criatividade que transporta a vida na Terra.
A noite está a cair na floresta habitada por corujas, uma família de raposas tem de atravessar a floresta sem ser detetada pelos espantosos ouvidos das corujas. Dois grupos de jogadores transformam-se sucessivamente numa coruja para ouvir atentamente com os olhos fechados. Tornar-se uma raposa consiste em aprender a “andar de raposa” e a ser o mais silencioso possível para não acordar as corujas. Esta prática é geralmente feita ao ar livre, num ambiente natural com alguma vegetação, ramos e pequenas pedras no chão.
Practice 3
Belonging to nature with our voice
O objetivo da prática é mostrar como estamos sempre ligados ao que nos rodeia, seja com os seres humanos ou com outros seres na natureza. Mesmo que não estejamos conscientes disso, a nossa presença num lugar torna-nos parte de uma polifonia contínua de vozes e sons.
As pessoas em circunstâncias de saúde difíceis podem aperceber-se de que fazem sempre parte desta orquestra e cultivar um sentimento de pertença ao planeta, aqui e agora.
Inspirada nos pássaros estorninhos, esta atividade convida as pessoas a entrarem em ressonância com o que as rodeia, imitando os sons do ambiente. Esta prática ajuda-nos a estar mais conscientes da atividade à nossa volta e a criar um sentimento de empatia, tornando-nos o outro por um momento.
Prática 4
The Spider web giant ear
O objetivo desta atividade é introduzir a utilização do corpo como um órgão sensorial para ouvir os outros. Baseia-se na inteligência das aranhas que utilizam as suas teias como um ouvido gigante para detetar as vibrações do ar. Esta prática dirige-se a pessoas em circunstâncias de saúde difíceis, mostrando como podemos treinar os nossos sentidos e desafiar a ideia de órgãos sensoriais estritamente separados, olhando para uma abordagem mais holística do nosso corpo.
Sabia que as aranhas não têm ouvidos como nós, mas são capazes de o ouvir com as suas pernas! Como? Utilizando a sua teia como um grande ouvido. Vamos construir juntos uma teia de aranha gigante e usá-la para nos ouvirmos uns aos outros.
Prática 5
Buzzing Sessions: a score for buzzers
Baseada em mais do que a linguagem humana, a linguagem inter-espécies, a comunicação entre plantas (bio-acústica), esta sessão introduz a comunicação para além das palavras, a comunicação através da ligação com o som e a vibração, inspirada na linguagem das abelhas. Esta prática consiste em recitar coletivamente um poema na linguagem da natureza e foi criada em conjunto com o artista Stefaan van Biesen, que fez uma partitura visual de sons de zumbidos escritos pelo poeta Geert Vermeire.
A linguagem das abelhas é uma linguagem para além do som, é sobretudo espacial e vibracional. A sua sintaxe baseia-se em algo muito diferente da linguagem humana: o tipo, a frequência, o ângulo e a amplitude das vibrações feitas pelas abelhas, à medida que se deslocam no espaço. No caso das abelhas, estas movem-se num padrão de 8. Stefaan van Biesen e Geert Vermeire convidam o público a caminhar – imergindo e vibrando na natureza enquanto ouvem o que está à sua volta. A linguagem das abelhas acontece através de movimentos matizados, sons e vibrações que são dificilmente audíveis e subtis. Este exercício é exatamente sobre a relação com a natureza e com os outros seres humanos como parte desta natureza, vibrando e ouvindo atentamente. No vídeo que demonstra o exercício, o poeta Geert Vermeire “conduz” uma partitura visual feita por Stefaan van Biesen. O grupo de participantes recita cada um dos 14 sons de zumbido até vibrarem como um só. O exercício é espontâneo, a partitura é um convite para ouvir e estar ao ar livre, ressoando tanto com os outros presentes como com o local, e como tal o resultado é diferente de cada vez.
Participantes nº: ilimitado
Duração: 30-60 min
Materiais:
Ponto de encontro: Galeria de Arte Garagem Avenida
Hora de encontro: 18 10:00, 19 11:00, 22 10:00
Any Eden in Motion
O Jardim do Éden era (e é) o paraíso terrestre. Ao longo da história da arte ocidental, foram muitos os artistas que se debruçaram sobre o tema, como Masaccio, Hieronymus Bosch, Rubens, entre outros. Este jardim ideal era um lugar onde a natureza não era inimiga em nenhuma representação artística (por natureza entendemos tudo o que não é humano, e que inclui plantas, animais, bem como outros elementos). O inimigo é aquele que nos faz mal, que constitui uma ameaça. Neste contexto, esta afirmação é paradoxal, uma vez que os seres humanos constituem a maior ameaça para o jardim ideal…
Como já propus em workshops anteriores, a ideia principal desta proposta consiste em tentarmos colocar-nos no lugar de um animal-outro ou de qualquer ser vivo-outro. Para o efeito, vou recorrer ao conceito de “Jardim do Éden”, uma vez que a sua formulação muda completamente consoante quem são os habitantes do paraíso. A título de exemplo, o Jardim do Éden para uma vaca ou para um camelo seria muito diferente, e o mesmo se aplica a um cão doméstico. As vacas, os camelos, os ácaros e nós próprios pertencemos ao corpo planetário. Portanto, todos nós somos também potenciais Jardins do Éden.
Sobre o que vamos “caminhar” nesta oficina:
-Refletir sobre os conceitos de Paraíso e Jardim do Éden, como lugares ideais para habitar, e perceber que as projeções do Éden foram sempre feitas a partir de uma perspetiva antropocêntrica; ou androcêntrica, mais propriamente…
-Conceber que o nosso próprio corpo, que pertence ao corpo planetário, também pode fazer parte do Éden. O Jardim do Éden está ao alcance da mão… está também dentro de nós.
Imaginar como os outros seres expressam o bem-estar e a satisfação.
-Desenhar, esqueci-me de o dizer! O Éden vem aqui para desenhar, para desenhar a “diversidade corpuscular em movimento” que se integra.
Participantes nº: 30
Duração: 4H
Materiais:
Ponto de encontro: Galeria de Arte Garagem Avenida
Hora de encontro: 14:00
Terra comum: Bordando o Mapa das Árvores de Guimarães
A representação pode ser uma ferramenta de desejo, de encontro ou de reconhecimento. Produzir um mapa é então esse espaço de possibilidade e diálogo, um lugar de discurso possível e de sonhos apresentados.
Os participantes são convidados a partilhar a localização de uma árvore que conhecem, o seu lugar na sua vida e na sua história, inscrevendo-a no mapa da cidade. Através da construção coletiva deste mapa vamos identificar, encontrar e descobrir as árvores que vivem em Guimarães e que partilham o seu espaço connosco e com outras espécies. Este mapa será construído em bordado, com fio de algodão sobre linho, cruzando saberes que se sussurram neste território.
Participantes nº: sem limite de participação. Os participantes irão utilizar agulhas e bordar
Duração: em continuo, concorrente com a abertura do espaço.
Materiais: Linho e algodão.
Ponto de encontro: Galeria da Garagem Avenida
Hora de encontro: concorrente com a abertura do espaço
Happyning to the more than humans’
A HappyTourists é uma agência de viagens que sequestra os códigos da indústria do turismo para incentivar viagens alternativas e artísticas. É um projeto provocador e disruptivo, fundado em Berlim em 2018, com o objetivo de sensibilizar para o impacto do turismo de massas no ambiente, ao mesmo tempo que inventa novas formas de ser (ou não ser) turista. A missão da HappyTourists é trazer a serendipidade, o caos e a desordem para a indústria do turismo, utilizando a prática artística, a fim de despertar o pensamento crítico e abrir novos espaços para explorar.
Convencidos de que a descoberta tem mais a ver com a experiência pessoal do que com os resultados esperados, a HappyTourists concebe impulsos criativos que põem as pessoas em movimento sem impor um destino. Os nossos protocolos subvertem os códigos da indústria do turismo para desviar os turistas das atracções e permitir encontros inesperados. Como qualquer agência de viagens, Happytourists organiza passeios na cidade chamados Happynings, que não são guiados e levam os turistas “onde ninguém vai, porque não há nada para ver”. Os Happynings destinam-se tanto a turistas internacionais como a viajantes nacionais ou a habitantes da cidade dispostos a mudar de perspetiva sobre o seu próprio ambiente. Os Happynings ligam as sensibilidades individuais para construir uma viagem como uma obra de arte colectiva. Os participantes interpretam direcções abstractas, poéticas e fora do comum para criar o seu próprio percurso. Uma vez em movimento, são encorajados a seguir o seu instinto e a interpretar o local em vez de o consumir.
Para este workshop, a HappyTourists concebeu um itinerário específico intitulado “Happyning to the more-than-humans’»
Divididos em grupos, os participantes selecionarão uma série de sugestões concebidas para estimular a interpretação, a criatividade, a audição e o pensamento crítico. Seguindo essas instruções, os participantes iniciarão uma viagem que os levará pela cidade como estranhos no antigo reino das formigas, dos gatos vadios e dos morcegos. Poderão visitar tocas, pedir indicações às árvores ou encontrar alguns habitantes selvagens e não domesticados. Encontrarão lembranças na loja de aromas e cantos de pássaros, ou recolherão nuvens e brisas de ar antes de se reunirem para partilhar as suas experiências.
As experiências serão documentadas através de vídeos, fotografias, histórias e quaisquer outras formas inventadas pelos aventureiros. Serão arquivadas para criar um guia turístico alternativo para a terra dos mais-que-humanos, sob a forma de uma pequena exposição. Este guia fornecerá aos futuros visitantes sugestões, conhecimentos e instruções para experimentarem uma nova forma de ser ou não ser turista, criando “situações” inesperadas que podem ser poéticas e absurdas, mas sempre criadoras de espaço e políticas.
Participantes nº: max 30
Duração: 3H
Materiais:
Ponto de encontro: Galeria de Arte Garagem Avenida
Hora de encontro: 14:00
No tempo em que os humanos falavam
Os protagonistas das histórias do tempo em que os animais falavam são agora transformados através de um paradigma desenvolvido por máquinas e inteligências não naturais. Se houve tempo em que os humanos comunicavam entre si e com os animais numa linguagem de entendimento, a fenda traçada por deus parece cada vez mais profundo.
Esta caminhada que tem um percurso entre o Campus de Azurém e a Citânia de Briteiros, como uma extensão aproximada de 16 km, procura evidências da memória de um tempo em que muito se aprendia com os peixes, as pedras e as árvores, mas também a partir de relações com outras entidades não humanas.
Esta possibilidade prática, procura através da experiência de sobreposição do espaço narrativo com o espaço percorrido uma reconexão com o território e com as formas residentes no seu ambiente.
Participantes nº: 25-30
Duração: 7H-9H
Materiais: Água, fruta de bolso, almoço volante
Ponto de encontro: Azurém, Rua dos Castanheiros/ Rotunda da Universidade
https://maps.app.goo.gl/DecVRkCyu6ssF86K7
Hora de encontro: 8:00
Necessidades logisticas:
Viagem – Guimabus (linha 163- regresso)
Paragem de autocarro Briteiros S. Salvador (Almeida)
Theatre Walks
Atualmente, as portas do teatro já não estão fechadas e o espetáculo aventura-se frequentemente no exterior. Abraça a caminhada como um “cenário teatral” e procura novas espacialidades móveis, não materiais ou exteriores para substituir ou ampliar o palco convencional. Eventos teatrais específicos e genéricos, espetáculos ambulantes, teatro guiado por áudio, teatro(s) móvel(is) e intervenções performativas, todos dão corpo a um teatro para além dos teatros, afastando-se da caixa negra e entrando em novos palcos. Um exemplo recente vem do coletivo de teatro alemão Rimini Protokoll e do seu último trabalho, The Walks, que é descrito pelo grupo da seguinte forma:
“The Walks” compreende a caminhada como um cenário teatral – um passeio guiado por áudio em parques, um passeio encenado em supermercados ou interações cronometradas nas águas. Em todas as cidades, as vozes, os sons e a música transformam lugares familiares em sítios e paisagens em palcos, passo a passo, através da narração de histórias, de situações dialógicas, de descobertas coreografadas ou de variações musicais e rítmicas do caminhar”
À medida que o teatro avança e se afasta para criar novos palcos, também reimagina o espetador, o acesso, a comunidade de público e a participação. Os papéis interferem e as dicotomias tradicionais do palco dissolvem-se. Esta experimentação com dinâmicas espaciais na performance não é, no entanto, apenas uma escolha estética, mas mais um gesto político de (re)ação e intervenção sócio-cultural. O teatro estende e recria as paredes do auditório para intervir e rearticular o espaço da polis a que pertence. Ao caminhar, (re)reivindica o espaço urbano, problematiza o espaço vivido, contesta as fronteiras e identidades espaciais recebidas e envolve-se com ideias de nova cidadania através das novas formas de espetador que ativa. Acima de tudo, convida o seu público a envolver-se com o ambiente que o rodeia, alargando assim a sua lente ao não-humano ou ao mais-do-que-humano e às narrativas que este tem para partilhar.
O nosso workshop irá explorar estes eventos de teatro ambulante: iremos assistir, discutir e refletir sobre casos específicos de performance ambulante (com exemplos principalmente do mundo anglófono) e iremos também conceber e experimentar o nosso próprio evento de teatro em movimento. O que acontece quando a cidade se transforma num palco? Como é que o familiar é reescrito e reconquistado quando a transformação teatral assume a liderança?
Participantes nº: máx 25
Duração: 4H
Materiais:
Ponto de encontro: Galeria de Arte Garagem Avenida
Hora de encontro: 14:00
AntVenture
Resumo:
Antventure é uma aplicação interactiva de narração de histórias que dá a conhecer a todos a história interna de como as formigas debaixo dos seus pés compreendem o mundo que as rodeia. Ao caminhar, o participante experimenta a vida quotidiana de quatro tipos diferentes de formigas comuns.
Descrição:
O projeto AntVenture é uma tentativa artística de compreender como as formigas não só se percebem a si próprias como “seres naturais que vivem entre outros”, mas também de especular como uma formiga pode vir a compreender a própria essência do que significa ser humano.
Tanto as formigas como os humanos passaram a dominar a Terra através da evolução da socialidade. E ambos podem ser considerados “tecnológicos” por direito próprio, entidades capazes de aproveitar as inovações da engenharia e da agricultura, onde os indivíduos podem estender-se para além das suas próprias limitações físicas com a “comunicação de massas”. Em suma, tanto as formigas como os humanos são “construtores de mundos”, com a capacidade de alterar completamente as paisagens e desenvolver significados complexos e “união”.
No entanto, os seres humanos e as formigas diferem significativamente no facto de que, se todos os seres humanos desaparecessem do planeta – mesmo com o estado do nosso ambiente atual – é provável que a Terra se adaptasse e perseverasse, mas se as formigas desaparecessem, é provável que ecossistemas inteiros entrassem simplesmente em colapso até à extinção.
AntVenture é uma série de quatro partes de dramas sonoros experienciais alojados numa aplicação de narração de histórias, contados a partir da perspetiva de quatro géneros diferentes de formigas comuns. Estas obras de ficção atrevidas e incisivas baseiam-se em investigação científica e são acedidas através de uma aplicação móvel interactiva única do tipo “escolha a sua própria aventura”.
Este trabalho é experimental porque o destino da formiga em cada episódio depende de si, o ouvinte. Em vários pontos da narrativa, o ouvinte é convidado a olhar para o ecrã do seu telemóvel para responder ao cartão de escolha S/N, uma pergunta sobre a experiência sensorial que está a ter do seu ambiente nesse momento específico.
A aplicação AntVenture cria um espaço – nem que seja por um breve momento – para contemplar propositadamente o que nos rodeia, lembrando-nos a todos que, mesmo nos ambientes mais carregados de betão, a natureza – na forma e essência de uma formiga – nunca está assim tão longe.
Muitas pessoas talentosas contribuíram para o projeto AntVenture. Fred Adam e Carlos Garcia (Espanha) são a equipa de desenvolvimento da aplicação e do sítio Web, a música original foi criada por Emilyn Stam e John Williams (Toronto, Canadá) e a voz das formigas por Tracy Michailidis (Toronto). Edição do guião por Mario el Jamal (Ottawa, CA) e verificação dos factos pelo Dr. Terry McGlynn (San Diego, EUA). Gravado nos Ken Whiteley Studios (Toronto) por Nik Tjelios.
AntVenture foi investigado, escrito, produzido e narrado por David Merleau. Agradecemos o apoio do Canada Council for the Arts.
Participantes nº: ilimitado
Duração: 60 min (introdução incluída)
Materiais: dispositivo móvel/smartphone com dados móveis
https://antventure.ca
Ponto de encontro: Galeria de Arte Garagem Avenida
Hora de encontro: 10:30 am
São Torcato Trans_Substancial
– um passeio em tons de verde e cinzento
Situado no coração de uma freguesia rural, nos arredores de Guimarães, o santuário de São Torcato é uma construção de granito maciço, cujas altas torres se avistam ao longe. No interior deste santuário, de estilo eclético, o inesperado aguarda o visitante: o corpo mumificado de um homem, vestido como se fosse um bispo, exposto à curiosidade pública. Ninguém sabe ao certo a quem pertence este corpo, embora a tradição o identifique como um santo não canónico, cuja devoção remonta à época medieval. Quando visto de perfil, vislumbra-se uma paisagem sui generis nele representada, com vertentes e proeminências, até mesmo um vale com uma ponte, sugerida pela sua mão arqueada – como se a paisagem envolvente se houvesse transfigurado neste corpo. A certa distância, no lugar da Ataca, erguem-se no meio de um campo misteriosos guerreiros de granito, esguios e dispostos num estranho ritmo. Há quem afirme que aqui se travou uma batalha, no século XII, sob os auspícios de São Mamede, outro santo homem cujo corpo há muito se perdeu, mas cujo nome perdura. Portugal, como entidade política, poderá ter resultado desta batalha, e em torno desta ideia persiste um aceso debate. Nos campos circundantes, o milho, a vinha e as ervas silvestres crescem e dão frutos todos os anos, indiferentes à polémica. Caminhar nesta paisagem trans_substancial, feita de verde e cinzento, pode abrir novas possibilidades ao olhar e à imaginação.
Participantes nº: 25 (não há problema se aparecerem mais ou menos pessoas)
Duração: 7H
Materiais: vestuário e calçado para caminhar, almoço volante
Ponto de encontro: Paragem de autocarro S. Dâmaso Sul (Alameda de São Damaso, Guimarães)
https://maps.app.goo.gl/sS2WxhuE5jSiLmw17
Hora de encontro: 8:45am
Necessidades logisticas:
Viagem – Guimabus (linha 62 – ida; linha 170 – retorno)
https://guimabus.pt/wp-content/uploads/2023/02/062-CIRCULAR-ALDAO-SELHO-S.LOURENCO.pdf
https://guimabus.pt/wp-content/uploads/2023/02/170-GUIMARAES-GONCA-VIA-STORCATO.pdf