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Os Walkshops ocorrem no Bairro C e têm como ponto de encontro a Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250), realizados por artistas internacionais convidados, entre 21 a 25 de março de 2022. Estas oficinas estão abertas a qualquer pessoa mediante inscrição em formulário: https://forms.gle/G8CX2iYqVsXEVr9u5
Not all those who wander are lost
Na palestra performativa combinada com um workshop itinerante, os participantes obtêm uma visão e experiência no “pensar e fazer aracnídeo”, um método de trabalho, aprendizagem e escrita desenvolvido por Anna Luyten.
Ao percorrer o caminho desconhecido dos outros – seres humanos e não-humanos – estamos a compor uma narrativa encarnada e polifónica do nosso ambiente. A tentação de explorar, a capacidade de procurar ser surpreendido, o talento de ser um bom observador e de ser imaginativo leva-nos a novas formas de contar histórias onde podemos celebrar a incerteza. Mimetizando o patchiness do mundo (Tsing, 2015), esboçamos assemblages abertas de formas de vida enredadas e chegamos a uma visão de onde o conhecimento artístico nos pode levar.
Participantes
15 (máx)
Duração
Palestra e primeiro workshop das 14h30 às 18h30 de segunda-feira, dia 21 de março de 2022. Os participantes podem desenvolver o seu próprio ritmo de trabalho nos dias seguintes. (No final da semana há um festival/happening de composições polifónicas – partilha de trabalho)
Material
NÃO É NECESSÁRIO MATERIAL:
nota para os participantes: por favor calce sapatos de caminhada e traga consigo um caderno/sketchbook.
Local
Ponto de encontro Galeria Garagem Avenida, percurso pelo Bairro C.
Data
14h30 às 18h30 de segunda-feira, dia 21 de março de 2022
Bio
Anna Luyten estudou na Universidade de Gand e Antuérpia e tem mestrado magna cum laude em filosofia, sociologia e literatura e estudos teatrais. É intérprete e realizadora de rádio e televisão. No Instituto de Artes Performativas, Maastricht (NL), e na Escola de Artes da Universidade de Ghent (B) é professora de Filosofia, Dramaturgia e Escrita Artística. Financiou o grupo de investigação ‘Wandering as a discipline’ e prepara o seu PHD.
On the Naming of Places
On the Naming of Places é inspirado por “Poemas sobre os lugares de nomeação” de William Wordsworth (1800). Wordsworth foi um poeta inglês que, juntamente com a sua irmã Dorothy, deixou a cidade para viver durante três anos em Grasmere, na remota região do Lago Cumbrian, no Reino Unido. Os irmãos foram dos primeiros artistas a relacionarem-se directamente com a natureza, para além dos filtros culturais, iniciando uma tradição de interiorizar a paisagem e torná-la uma fonte de inspiração para a sua arte. Esta tradição romântica que sobreviveu até aos dias de hoje. William já era um poeta conhecido, um amigo de Samuel Colerigde. A sua irmã Dorothy não se considerava uma artista, mas escreveu um diário que seguiu as experiências de Grasmere: passeios, descoberta da terra, botânica, animais, encontros e conversas com a população local. O quotidiano é transportado no diário de Dorothy com tantos detalhes que agora podemos seguir dia após dia o caminho da inspiração dos poemas do seu irmão William.
“Sobre a nomeação dos lugares” é um jogo que William Wordsworth, juntamente com Dorothy e Samuel Coleridge inventou enquanto explorava o Distrito dos Lagos. Os três decidiram combinar a sua percepção e experiência pessoal com a geografia do lugar, dando novos nomes às rochas, árvores, lagoas e florestas de acordo com as suas experiências e pensamentos locais. Foi a partir desta peça que Wordsworth escreveu a colecção de poemas “Poemas sobre a nomeação de lugares”.
“And she who dwells with me, whom I have loved
With such communion, that no place on earth
Can ever be a solitude to me,
Hath to this lonely Summit given my name”
William Wordsworth “Poems on the Naming of Places IV”
Os poetas decidiram combinar a sua percepção e experiência com a geografia do lugar, dando nomes às rochas, às árvores, às lagoas. O que sugiro é renomear os lugares por onde vamos passar e onde vamos estar hoje em dia e combiná-los com a toponímia local, que também vamos fazer nossa. Cada um desenvolverá a sua própria cartografia e impressões pessoais que eventualmente farão parte de uma cartografia emocional do grupo que poderemos desenhar, escrever, cantar e expressar livremente.
O workshop tem três partes:
– Caminhada lenta (ajustada à duração do workshop) para perceber rochas, caminhos de árvores, pedras, qualquer coisa que possamos fazer “nosso” e renomear os lugares
– Tempo de reflexão e criação (escrever, desenhar, cantar, mover)
– A mesma caminhada lenta com conversa sobre os lugares renomeados (o ideal é permitir o espaço de um dia entre as partes 1 e 3)
Participantes
15 (máx)
Duração
3 horas
Materiais
caderno de notas e caneta. Outros materiais pessoais, dependendo dos participantes (dispositivo de gravação, livro de desenho e lápis, pano, etc.)
Local
Ponto de encontro Galeria Garagem Avenida, percurso pelo Bairro C.
Data
09h30, quarta-feira, dia 23 de março de 2022
Bio
Clara Garí Aguilera. É gestora cultural, artista e caminhante. Directora do Centro de Arte Nau Côclea em Camallera, Catalunha, e catalisadora do programa de arte ambulante Grand Tour, uma caminhada de 300 km e 3 semanas com artistas de todas as disciplinas. Mais informações https://www.naucoclea.com https://www.elgrandtour.net
30 minutos de Encontro Caminhante com imagens, textos, sons da Arte
As imagens da Arte que se formam ao longo do seu desenvolvimento duradouro impressionam as pessoas para quem a Arte tem um significado experiencial.
Os 30 minutos de Encontro Pedestre com imagens, textos, sons da Arte é um processo pedestre que tenta iniciar a descoberta das imagens visuais, textos, e sons que dizem respeito aos participantes da Loja Pedestre. Os participantes exploram ao longo do itinerário, num percurso aleatório, a possibilidade de recordar uma obra de Arte da história da cultura que é experiencialmente importante para eles.
Regressando ao local do encontro, e mais tarde à sua casa, reflectem sobre a experiência e apresentam-na da forma que consideram apropriada (esboços, apresentação, vídeo ou qualquer outra). Esta experiência é comparada com a obra de arte que foi redescoberta durante o passeio através da recordação mental.
Participantes
15 (máx)
Duração
4 horas (2 no primeiro e 2 no segundo dia)
Materiais
Materiais necessários: dispositivos de gravação (1 vídeo, 1 gravação, os participantes podem utilizar os seus telemóveis)
Local
Bairro C, Ponto de encontro Galeria Garagem Avenida
Data
09:30, terça-feira, 22 de Março de 2022
Bio
Yannis Ziogas explora áreas de expressão visual, tais como instalações e processos de caminhada. É Professor (Pintura) no Departamento de Belas Artes Aplicadas (EETF) da Universidade da Macedónia Ocidental (UOWM). Desde 2007 tem organizado o processo artístico Marcha Visual ao Prespa. Organizou encontros e conferências internacionais e editou as actas sobre Estética contemporânea e as suas Práticas com ênfase na Arte Andante.
The Walking Body III: The Right to the City
A oficina The right to the City irá concentrar-se numa forma alternativa de experimentar caminhar na cidade, uma vez que irá concentrar-se intencionalmente nos locais de proibição de movimento e no desafio de os invadir artisticamente. O workshop foi concebido para reunir algumas das teorias, processos e manifestações do caminhar como arte, das fronteiras e zonas de fronteira, dos confins territoriais do Estado, da produção social das fronteiras e, finalmente, dos direitos de todos os habitantes a um espaço co-criado. Utilizando esta informação como catalisador, os participantes completarão exercícios de caminhada, e proporão os seus próprios projectos de caminhada originais. O projecto terá lugar concomitantemente em duas cidades: Guimarães, Portugal e Limassol, Chipre. Dois grupos de mentores guiarão os participantes através do projecto que será partilhado através de uma plataforma comum on-line e de uma reunião de encerramento on-line.
Participantes
Sem Limitação
Duração
3 reuniões, 3 horas cada uma.
Os participantes terão a oportunidade de contactar com a artista para apoio tutorial
Materiais
Caderno de rascunho / caderno de notas
Utensílios de escrita
Telefone/câmara para tirar fotografias e vídeos
Calçado confortável para caminhar
Recomendado: um telefone com capacidade GPS para uma actividade cartográfica
Fotocopiadora
Cola, tesoura
Local
Bairro C, Ponto de encontro Galeria Garagem Avenida
Data
14h30, terça-feira, 22 de março de 2022 (primeira sessão)
Bio
A Dra. Klitsa Antoniou é professora de Belas Artes no Departamento de Belas Artes da Universidade de Tecnologia do Chipre. É uma artista e investigadora com prática interdisciplinar. É fundadora e coordenadora do Cut Contemporary Fine Arts Lab desde 2019. Como artista, tem exposto nos principais museus, galerias e instituições de arte em todo o mundo. Em 2019, representou Malta na Bienal de Veneza com a sua obra Atlantropa-X. https://www.klitsa-antoniou.com/
Going Coming Passing Guimaraes
Walking together in several layers of time
Este seminário está aberto a participantes de todas as disciplinas e origens.
Vai experimentar uma imersão prática em Meios Locativos como disciplina artística interdisciplinar e colaborativa, ligando-se à Terra, numa abordagem artística integradora das relações uns com os outros e com a Terra mais do que humana através de práticas locativas.
Irá desenhar uma história ambulante e criar em colaboração (em pequenos grupos) um mapa e aplicação interactiva com a sua própria arte: imagens, vídeos, textos, voz e composições sonoras, sobrepostos numa das três camadas do trabalho artístico colectivo de localização final.
Aprenderá a trabalhar com CGeomap, a nossa ferramenta de software fácil de usar para a criação de um mapa interactivo em Guimarães, que gera simultaneamente um mapa interactivo, disponível a um público maior.
Participantes
O número máximo de participantes é de 24, trabalharão em grupos interdisciplinares de 3. Devido à natureza interdisciplinar deste workshop, os participantes de vários horizontes (design, teatro, dança, música, som, literatura, arquitectura, educação, …) são encorajados a inscrever-se. Não é necessário qualquer conhecimento prévio.
Duração
O workshop consiste num processo de 4 dias, trabalhará na sua maioria de forma independente em pequeno grupo, com momentos de acompanhamento pessoal no local ou através de whatsapp e video chat.
Haverá uma introdução no primeiro dia – uma sessão para o pôr em marcha a proposta – e duas breves reuniões durante a semana com os artistas para acompanhar os projectos, concluídas com uma partilha de resultados no quarto dia.
Materiais
Um computador portátil com bateria carregada para cada grupo de 3, um smartphone para cada participante
Local
Galeria da Garagem Avenida, EAAD
Data
18h00, terça-feira, 22 de Março (primeira sessão)
Bio
Fred Adam é um artista e director de arte, especialista em tecnologia e ecologia dos Locative Media, criador da CGeomap e da base de dados gpsmuseum.eu.
Geert Vermeire é um curador, artista, poeta com foco na escrita espacial, som e performance local e práticas sociais, integrando processos de colaboração, dentro de um quadro ecológico.
https://supercluster.eu/ https://cgeomap.eu/info/
Tecer uma partilha
Projecto colaborativo que convida à participação na construção de um “tecido” composto por cores e palavras. Os participantes são convidados a escolher uma cor e uma palavra que represente uma emoção experimentada ao caminhar pela cidade, enquanto vivem estes lugares. A razão, ou razões, desta escolha são recolhidas num testemunho áudio, a ser partilhado numa plataforma digital. A cor e as palavras são combinadas numa tira de papel que servirá para tecer uma estrutura que ligará estas emoções, mapeando uma cidade colectiva através da recolha de experiências individuais.
O objectivo deste workshop é fornecer um elemento de ligação entre todos os workshops realizados no The Walking Body 3. Será a oficina sem caminhada deste encontro, que convida a reflectir sobre os passeios realizados nos outros laboratórios, durante esta semana de partilhas. Assim, propondo recolher e reflectir em conjunto, e construir uma memória colectiva para TWB3.
Local
Galeria Garagem Avenida, Guimarães.
Número máximo de participantes:
Sem limite
Duração estimada:
É uma oficina aberta, podes entrar e sair quando quiseres. Decorrerá de 22 a 25 de Março, das 14:30 às 19:00 horas
Materiais necessários
Nenhum. Serão utilizados papéis sortidos, ferramentas de corte, tintas acrílicas, pincéis, e agrafador, agulha e linha, e estarão disponíveis no local.
Bio
Natacha Antão desenha e é professora auxiliar na Escola de Arquitectura, Arte e Design (EAAD), Universidade do Minho. É Membro Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagem, Património e Território, e co-organiza a conferência Drifting Bodies/Fluent Spaces (2020) e o workshop The Walking Body.
EntreCampi
Este workshop baseia-se numa experiência de caminhada longa (+-25km) entre Guimarães e Braga, particularmente entre os Campi Universitários. Um passeio sem tempo irá desenvolver e devolver a sensação de prazer de caminhar num movimento quotidiano comum e desenvolver a consciência da diversidade dos estímulos da paisagem. Durante o passeio serão atravessadas 7 vias aquáricas. Em cada travessia, as propriedades dos fluidos serão evocadas pelo contexto do meio envolvente. Ao longo do caminho há também dois pontos-chave nos quais a água, mas não exclusivamente, é a principal razão da sua existência.
Local
Ponto de encontro: 41.45015828413394, -8.292879679630430749
(entrada principal Universidade do Minho – Campus de Azurém, Guimarães)
Ponto final: 41.559485537491824, -8.39746047205039
(entrada principal Universidade do Minho – Campus de Gualtar, Braga)
Participantes
30~45 max.
Duração
5 horas (min.)
Materiais
água, frutos secos/frescos
Data
7h40, 24 de Março de 2022
Bio
Miguel Duarte, professor auxiliar na Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho e director do Museu Nogueira da Silva. É Membro Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagem, Património e Território, e co-organiza a conferência Drifting Bodies/Fluent Spaces (2020) e o workshop The Walking Body. Co-desenvolve o projecto de investigação multidisciplinar Geografias Culturais da Música, do Som e do Silêncio.
