Compassar – comunidades caminhantes

The Walking Body (TWB) designa um conjunto de walkshops (projetos e oficinas internacionais) realizadas na cidade de Guimarães, pela Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD) da Universidade do Minho e o Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), em colaboração com Made of Walking/the Milena principle, focadas no ato de «Caminhar como prática artística», explorando a imaginação e a criatividade.

O TWB tem essencialmente um carácter criativo e artístico, cuja metodologia de atuação ensaia formas de convivência entre distintos públicos pela sua atuação em espaço público. Destina-se a artistas que têm desenvolvido práticas afins ao tema, a um público jovem, pelo envolvimento direto de estudantes do ensino superior artístico, e a qualquer pessoa interessada permitindo uma participação alargada e diversificada de público.

PROGRAMA

The Walking Body 4 (TWB4) é um encontro internacional de artistas caminhantes.
Realiza-se entre 13 e 17 de março de 2023, em Guimarães, no Bairro C, com o ponto de encontro na Galeria da Garagem Avenida/EAAD.
The Walking Body 4 prevê a realização de uma semana de walkshops e uma apresentação de portfolios dos artistas participantes, na Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250, Guimarães).
Os Walkshops ocorrem no Bairro C e têm como ponto de encontro a Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250), realizados por artistas nacionais e internacionais convidados, entre 13 e 17 de março de 2023. Estas oficinas estão abertas a qualquer pessoa mediante inscrição em formulário: https://forms.gle/z8ca8isqf4nfpPH96

Para mais informações consultar o calendário em:
www.facebook.com/The-Walking-Body-2149089701777607

A apresentação de portfolios e atividades TWB4 no dia 13 de março de 2023, pelas 17h00, na Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250), é aberta a todos os interessados em arte e no acto de caminhar, explorando o tema do encontro e apresentando as actividades da semana do TWB4.

TWB4 terá como intervenientes os artistas: Ana Moya (ES), Angeliki Avgitidou (GR), Geert Vermeire (BE), Laís França (BR), Matteo Bonfitto (BR), Manuela Ferreira (PT), Miguel Duarte (PT), Natacha Antão (PT), Rachel Merlino (BR) e Tiago Porteiro (PT).
Este projeto é organizado pelo Lab2PT, em parceria com a Escola de Arquitetura, Arte e Design, e conta o apoio institucional da Universidade do Minho. A professora e artista grega Angeliki Avgitidou estará presente como o apoio de mobilidade docente Erasmus+.

Este evento é gratuito e está aberto à participação de qualquer pessoa, estudante, artista, interessado ou curioso. Qualquer pessoa com menos de 14 anos deverá ser acompanhada por um adulto responsável.

O projeto artístico e os walkshops The Walking Body desenvolvem-se desde Outubro de 2018 e são organizados por Geert Vermeire (Made of Walking), Miguel Bandeira Duarte (EAAD/Lab2PT) e Natacha Antão Moutinho (EAAD/Lab2PT).
TWB convida artistas, estudantes, interessados e os habitantes da cidade de Guimarães a interagir com o território e a caminharem juntos, inspirados por walkshops in situ com criadores.

Os Walkshops ocorrem no Bairro C e têm como ponto de encontro a Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250), realizados por artistas internacionais convidados, entre 13 a 17 de março de 2023. Estas oficinas estão abertas a qualquer pessoa mediante inscrição em formulário: https://forms.gle/z8ca8isqf4nfpPH96

Geert Vermeire — 13 março 9:30

Earth Alphabet for Peace, escrita colaborativa na cidade:

Faça parte de uma escrita coletiva experimental pela paz em um mapa compartilhado da cidade. A prática mostrará como podemos usar mapas para expressar nosso desejo por um mundo melhor. A ação presenta uma nova maneira de ver mapas e descobrir o potencial da mídia locativa. A prática é seguida por uma caminhada com o seu mapa e uma discussão sobre narrativas locativas na cidade.

 

Participantes nº: sem limite

Duração: 2-3 horas (1a dia) + 1 hora (discussão) (último dia)  

Materiais: Laptop necessário, smartphone com fones de ouvido recomendado.

Ponto de encontro: Galeria Garagem Avenida 

Hora de encontro: 9h30 

Natacha Antão — 13-16 março 14:30

Fragmentos e tesouros. Histórias tecidas e partilhadas na geografia de um lugar

Realização de uma cartografia exploratória com recurso a princípios técnicos de tecelagem. Os participantes são convidados a contruir parte de uma tapeçaria que agrega fragmentos de estórias que compõem um mapa disruptivo e não geométrico das ruas e lugares visitados, das casas e dos percursos familiares, do mundo contemporâneo e das complexidades, das espécies invasoras e das descobertas partilhadas.
Este trabalho conta com o apoio técnico e suporte emocional de Mónica Faria e Joana Cunha.

 

Participantes nº: sem limite de participação. Como se trata da construção de uma só peça apenas poderá estar uma pessoa de cada vez no tear.

Duração: em continuo, concorrente com a abertura do espaço.

Materiais: tear, fio e elementos diversos trazidos pelos participantes

Ponto de encontro: Garagem Avenida

Hora de encontro: concorrente com a abertura do espaço

 

Ana Moya — 14 março 10:00

Aspetos metodológicos duma pesquisa artística participativa

Partilha de experiências e conhecimentos sobre os aspetos logísticos e metodológicos duma pesquisa artística de base participativa e interdisciplinar nos estudos de paisagem urbana e património no projeto de Pós-doutorado “A Paisagem Somática da Multiculturalidade Urbana” (2016-21) (www.somaticlandscape.com), no Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA, U. Évora) e financiada pela FCT e o Fundo Social Europeu.

Participantes nº: lotação da sala

Duração: 2 horas

Materiais:

Ponto de encontro: Caleria Garagem Avenida

Hora de encontro: 10:00

 

Miguel B Duarte — 14 março 13:00

Ronda

Ronda é uma caminhada longa de 20km no Monte de Santa Catarina (Penha). Tem início e fim na Galeria da Garagem Avenida passando simbolicamente no Santuário da Lapinha, em Calvos, Guimarães. 

A experiência, não pretendendo mimetizar o percurso atual e o clamor da procissão da Senhora da Lapinha, que decorre em meados de junho no território de Guimarães, procura inscrever no espaço e no corpo uma caminhada simultaneamente coletiva e individual. Da auto-percepção da performance à criação de imagens motoras que incluem a partilha com o outro, Ronda propõe um contributo para o desenvolvimento da dimensão estética na Imaginação Motora.

 

Participantes nº: 30~45 máx

Duração: 5H mín.

Materiais: Água e fruta de bolso

Ponto de encontro: Galeria Garagem Avenida

Hora de encontro:13:00

Angeliki Avgitidou — 15 março 9:30

Cidade ocupada

No workshop iremos negociar a relação que se desenvolve entre o corpo e o espaço da cidade, através da performance e da fotografia. Especificamente, exploraremos os conceitos de integração, diferença e desaparecimento em ligação com os elementos do espaço e do jogo. Os participantes trabalharão em pequenos grupos com pelo menos um meio fotográfico entre eles. Começaremos com um workshop preparatório na Galeria da Garagem Avenida/LAVV e continuaremos a nossa exploração pela cidade. Partilharemos os resultados das nossa caminhadas com o resto do grupo. Não é necessária qualquer experiência prévia em performance. Venha com uma vontade de experimentar e um sorriso!

 

Participantes nº: máx.20
Duração: cerca de 4 horas (2 dentro, 2 fora).
Materiais: smartphone ou máquina fotográfica para 1 num grupo de 4 pessoas
Ponto de encontro: Galeria da Garagem Avenida/LAVV
Hora de encontro: 9:30

Ana Moya — 15 março 15:00

O lugar no meu corpo – Ser lugar

Ação performativa no espaço urbano do Centro Histórico de Guimarães. Trabalho de movimento corporal, deriva, cartografia do espaço e diálogo colaborativo com os residentes da cidade. Replicaremos um exercício performativo e participativo realizado no Raval (Barcelona) no projeto “Ligações em Movimento” (2022) (Youtube @vinclesenmoviment), readaptado ao caso de estudo de Guimarães. Nesta oficina trabalharemos o movimento corporal, a performance “site-specific”, as artes plásticas, a expressão oral, e as dinâmicas participativas vinculares. Estabeleceremos laços de intimidade com o outro que ajuda-nos a vestir-nos de “lugar”. Compartilharemos, por meio do diálogo e da ação performativa lugares que falam de imaginários e experiências pessoais vividas por nós e pelos outros. Nesta oficina trabalharemos a partilhas das memórias dos lugares associadas e que perduram apesar do passar do tempo dentro dos nossos corpos, e que crescem e se enriquecem no diálogo com o outro.

Participantes nº: 15
Duração: 3 horas
Materiais: Ir vestidos de roupa obscura e cómoda. Calçado para caminhar. Trazer canetas, marcadores e lápis para desenhar e um caderno.
Ponto de encontro: Galeria Garagem Avenida
Hora de encontro: 15:00

T. Porteiro | M. Bonfitto | M. Ferreira —16 março 10:00

Des-lo-car-mo-nos

A partir da noção de “atmosferas paradoxais” convidamos os caminhantes a vivênciar um percurso pré-definido que atravessa diferentes contextos e realidades da cidade de Guimarães. O grupo será estimulado a investigar modos de subjetivação que ultrapassam as dualidades interno/externo, público/privado, objetivo/subjetivo. Durante o trajeto serão experimentadas diferentes configurações de grupos: coletivo, duplas ou trios e individuais. A caminhada termina com um compartilhamento dos diferentes tipos de registos produzidos pelos participantes.

Participantes nº: 22
Duração: 2h30
Materiais: lápis ou caneta(s)
Ponto de encontro: Campus de Azurém
Hora de encontro: 10:00

Agradecimento:

Restaurante Cor de Tangerina / Liliana Duarte e Álvaro Dinis Mendes
Biblioteca Raul Brandão
Centro de Solidariedade Humana Professor Emídio Guerreiro / António Matos
Santa Casa da Misericordia de Guimarães

Rachel Merlino | Laís França — 16 março 14:00

Território, memória e identidade: Nomeando territórios pelo caminho.

Sumário:
Resumo: Uma atividade de reflexão coletiva e debate sobre as narrativas pessoais que circundam as espacialidades urbanas dos caminhos que percorremos. Articulação entre a subjetividade da cidade e uma cartografia sentimental.

Objetivos:
– Refletir sobre o senso de identidade presente no grupo participante, do território e do grupo no território
-Organizar uma cartografia guiada pelas vivências e memórias dos participantes nesses espaços (diagnóstico coletivo/subjetivo para futuras criações)

Descrição da atividade:
1-Reunião com o grupo junto para compreender as histórias individuais de cada um e iniciar a construção da identidade como coletivo. (São todos alunos? São moradores? Vivem ou estudam no contexto do evento? Qual primeiro contato com território etc.
2-Designar 3 palavras que descrevam aquele espaço para cada um. (Anotam individualmente.)
3-Compartilham com o grupo as palavras atribuindo-as a uma localização na cartografia.
4-Desenvolvimento da primeira parte da cartografia em teia sobre as impressões do espaço trabalhado.
5-Saída para refletir sobre os debates feitos em grupo de forma individual para pensar em percursos que descrevam bem aquelas palavras/ sensações. (30-40min)
6-Grupo volta a se reunir e reveem as palavras, interagem com as palavras de cada um, descrevem seus trajetos se (re)apresentando através deles. –Criar conexão entre identidade e cidade.
7-Desenvolvimento da segunda parte da cartografia em teia – impressões pós caminhada. – Quais percursos definiram? Reafirmam as primeiras impressões? Alguma teia de identificação entre os participantes? (seja por trajeto ou sensação?
8-Espaço de debate ao longo da criação da cartografia.
9-Resultado final – Processo da cartografia.

 

Participantes nº : 10 – 25
Duração: 2 horas (14h – 16h)
Materiais:
– Mapa impresso A0 do contexto da oficina – definir recorte de Guimarães
– Material para riscar/escrever sobre o papel (canetas hidrocor, marcadores, lapis com cores etc.)
– Resma de Papel para escreverem as palavras
– Tesouras
– Linhas coloridas grossas (ao menos 5 cores)
– Caixas com Alfinetes
– Fita cola
Ponto de encontro: Galeria da Garagem Avenida EAAD 
Hora de encontro: 14:00

A Mesa Redonda / apresentação de The Walking Body + 7 artistas está programada para o dia 13 de março de 2023, pelas 17h00, na Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250, Guimarães).

É aberta a todos os interessados em arte e no acto de caminhar, explorando o tema do encontro e apresentando as actividades da semana do TWB3.
Os moderadores da mesa são Geert Vermeire (BE), Natacha Antão (PT), Miguel Duarte (PT).
Este evento é gratuito e está aberto à participação de qualquer pessoa, estudante, artista, interessado ou curioso – inscrição em formulário: https://forms.gle/z8ca8isqf4nfpPH96

Data
17h00, segunda-feira, 13 de março de 2023

Local
na Galeria da Garagem Avenida EAAD (Av. Dom Afonso Henriques 250, Guimarães

 

Ana Moya (Espanha)

Ana Moya é investigadora principal do Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA) da Universidade de Évora (Portugal). Possui experiência como arquiteta, educadora e acadêmica em estudos humanísticos da paisagem sob uma abordagem artística intercultural, patrimonial e transdisciplinar, com experiência em envolvimento comunitário e práticas de arte relacional participativa envolvendo investigações geográficas i fenomenológicas corpo-mundo, explorações contextuais e cartografias experimentais.

Angeliki Avgitidou (Grécia)

Angeliki Avgitidou é uma artista que trabalha na performance e no espaço público. Estudou como arquiteta (BArch Hons, Universidade Aristóteles de Salónica) e como artista (MA, PhD, Central Saint Martins College of Art and Design). O seu trabalho tem sido mostrado em diversas ocasiões que incluem a Bienal de Arte Contemporânea de Salónica, o seu Festival de Performance, a Bienal Internacional de Performance Deformes, a Quadrenal de Praga de Design de Performance e Espaço e a 15ª Exposição Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza. Angeliki é o autora de “Performance art: Education and practice” (Routledge, 2023). É Professora Associada na Escola de Belas Artes da University of Western Macedonia. Também leccionou cursos de pós-graduação na mesma universidade, na Hellenic Open University e no Transart Institute.

Geert Vermeire (Bélgica)

Curador, artista e escritor, trabalhando e vivendo entre Grécia, Portugal e Bélgica, com principais práticas artísticas: caminhadas, realidade mista e práticas sociais, vom elementos chave o corpo no espaço público, o envolvimento comunitário e o envolvimento ético. A sua atividade como escritor encontra formatos imersivos de criação artística e estende-se a uma investigação artística e interdisciplinar, envolvendo caminhadas e colaborações com coreógrafos, artistas sonoros, artistas dos novos média, arquitetos e outros escritores.

Laís França (Brasil)

Laís França é licenciada em Gestão, pós-graduada em Economia e Sustentabilidade, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e mestre em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território, pela Universidade do Porto. Durante sua trajetória acadêmica manteve-se em eixos de pesquisa sobre cultura e arte como ferramentas de desenvolvimento territorial, habitação e imigração.

Com Rachel Merlino, são um duo de criadoras e artistas brasileiras que articulam reflexões em torno da participação coletiva, cultura, práticas artísticas e desenvolvimento territorial. Atualmente desenvolvem o projeto (DES)ORIENTE, um projeto expositivo de curadoria insurgente em espaço público, com o apoio do Criatório 2022 pela Câmara Municipal do Porto.

Matteo Bonfitto (Brasil)

Matteo Bonfitto é ator-performer, diretor teatral, escritor e pesquisador. Formado pelo DAMS da Universidade de Bologna e pela Royal Holloway University of London (PhD), desenvolveu ainda pesquisas na CUNY, na Freie Universität, na Paris 3 Sorbonne Nouvelle e no INSR em Florença. É autor de vários artigos e livros sobre os processos do ator-performer e sua trajetória artística inclui espetáculos e performances apresentados no Brasil, Chile, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Colômbia, Escócia, Equador e Cuba. É diretor artístico do Núcleo PERFORMA (www.performateatro.org).

Miguel Duarte (Portugal)Professor Auxiliar da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho.  É membro investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagem, Património e Território. É licenciado em Design de Comunicação (FBAUP/1994) e doutorado em Belas Artes: Desenho (FBAUL/2016).
Como investigador de Walking Art co-organiza a conferência Drifting Bodies Fluent Spaces (2020) e os workshops The Walking Body (2018/2020/2022/2023). Foi Director do Museu Nogueira da Silva (2015-2022).Foi editor da revista PSIAX, Coordenou o Estudio UM (estudioum.org). Desenvolve o projecto de investigação multidisciplinar Geografias Culturais de Música, Som e Silêncio

Natacha Antão (Portugal)

Natacha Antão é artista, investigadora integrada no Lab2PT (Laboratório de Paisagem, Património e Território) e professora assistente na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD), onde leciona desde 2006. É editora da PSIAX, uma revista ativa desde 2002, publicando estudos e reflexões sobre desenho e imagem. Os seus interesses mais recentes centram-se nas práticas artísticas e de investigação através do caminhar, desenvolvendo desde 2018 o laboratório experimental The Walking Body (+info em https://walk.lab2pt.net), e investiga o impacto da prática do caminhar na inovação pedagógica e artística.

Rachel Merlino (Brasil)

Rachel Merlino é licenciada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, e Mestra em Estudos de Arte na Universidade do Porto. Durante sua trajetória acadêmica se dedicou ao estudo das representações de gênero nos espaços museais e nos espaços públicos, e os percursos urbanos como dispositivos curatoriais para representação e leitura da cidade.
Com Laís França, são um duo de criadoras e artistas brasileiras que articulam reflexões em torno da participação coletiva, cultura, práticas artísticas e desenvolvimento territorial. Atualmente desenvolvem o projeto (DES)ORIENTE, um projeto expositivo de curadoria insurgente em espaço público, com o apoio do Criatório 2022 pela Câmara Municipal do Porto.

Tiago Porteiro (Portugal)

Tiago Porteiro (MA e Ph.D na Sorbonne Nouvelle – Paris III) é atualmente Professor Auxiliar na Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho, Portugal (2014). Anteriormente foi Professor Auxiliar no Departamento de Estudos Teatrais da Universidade de Évora (1996).

O seu percurso articula atividade académica com pedagogia e criação artística.

Sua trajetória articula atividades acadêmicas, pedagógicas e de criação artística.

Os interesses de investigação (membro do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho/GIEP) incluem a formação de atores, atuação, projetos de arte site specific, teatro participativo, documentação de processos criativos.

 

Compassar – comunidades caminhantes

Compassar e comunidades caminhantes são termos relacionados à filosofia e prática da educação popular, desenvolvida por Paulo Freire.

O termo “compassar” é usado por Freire para se referir ao processo de adaptação de um ensino ou ação pedagógica às necessidades, interesses e realidades dos alunos ou participantes. Compassar significa estar em sintonia com o ritmo e a trajetória dos alunos ou participantes, levando em conta suas experiências, conhecimentos prévios, culturas e perspetivas. Para Freire, a educação deve ser dialógica e horizontal, em vez de impositiva e vertical, e a compassagem é um elemento fundamental dessa abordagem.

Já as “comunidades caminhantes” são grupos de pessoas que se unem em torno de um objetivo ou causa comum e que, juntas, caminham rumo a uma transformação social. Essas comunidades são caracterizadas por uma visão crítica da realidade, um envolvimento político e uma ação coletiva. Para Freire, as comunidades caminhantes são espaços de aprendizagem mútua, onde as pessoas podem trocar experiências, conhecimentos e reflexões, e construir um processo de conscientização e mobilização. As comunidades caminhantes são um exemplo de educação popular em ação, pois permitem que as pessoas sejam protagonistas da sua própria história e lutem por uma sociedade mais justa e igualitária.